O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando
nele, semeou no seu campo; Mateus 13:31.
Irmãos, irmãs e amigos, graça misericórdia e paz vos sejam
multiplicadas. Quando pronunciamos a palavra Reino, pensamos logo em força,
grandeza, poder, ou domínio. E estar certo, a palavra Reino significa entre
outras coisas, as seguintes: Nação ou Estado governado por príncipe reinante
que tem título de rei: Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é
senhor absoluto. Quando nos referimos ao Reino de Deus, então pensamos
acertadamente em: Reino de Deus,
expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus. Reino
celeste, reino eterno, reino dos céus, o paraíso cristão, o céu. Não costumamos
pensar em fraqueza, pobreza, impotência, ou outras figuras semelhantes quando
falamos em Reino. Jesus, porém deixou claro em seu ensinamento que o Reino de
Deus assume uma aparência impotente e por isso não chama a atenção fácil de
quem quer se tornar súdito deste Reino, por sinal, alguns nem se animam a
entrar nele por não identificar a grandeza que esperam que o reino tenha. Por
exemplo, quem olhava para Jesus durante o seu martírio salvífico, jamais
admitiria que Ele fosse o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Quem olhava para
Jesus pendurado na cruz, não o identificaria como o Rei que devolveria o reino
a Israel. Quem olhava para os discípulos, seguidores de Jesus, homens simples,
sem ideologia própria, sem cultura refinada pelas universidades da época,
jamais imaginaria que aqueles homens na sua maioria até certo ponto rudes, haveriam
de revolucionar o mundo com uma mensagem simples que apontava para o Cordeiro
que tinha aspecto de quem tinha sido morto. Quem olhava para a Igreja fundada
por Jesus, jamais diria que aquela Igreja, sem uma estrutura organizacional a
altura da opinião conservadora da época, se tornaria a coluna, firmeza e
baluarte da verdade. Quem olhava para o apóstolo Pedro, um pescador da
Galiléia, de gestos e hábitos grosseiros, jamais imaginaria que aquele grosseirão
jamais seria o maior ganhador de almas até então. O ensinamento de Jesus
chama-nos a atenção para esta aparente impotência do Reino. No ensinamento
específico sobre o Reino usando as parábolas, ele comparou este Reino a uma
semente de mostarda a menor das hortaliças, a uma rede de pescar, a um
lavrador, a um homem negociante, a um homem pai de família, semelhante ao
fermento em três medidas de farinha, a
dez virgens e daí por diante. Figuras que a primeira vista manifesta fraqueza e
impotência. O poder, a glória, a realeza e a grandeza do Reino, nem estão em
nós, nem nas nossas organizações, nem no nosso dinheiro, nem nas nossas
estruturas, nem no nível acadêmico dos nossos pregadores, nem na beleza e
suntuosidade dos nossos templos, nem no tamanho da membresia da nossa Igreja,
nem no tamanho da liderança da nossa Igreja. O Reino se propaga, se fortalece e
cresce, acolhendo aves e animais em sua sombra, por causa dele mesmo. Jesus
mesmo define de forma bastante clara quando disse; Outra parábola lhes propôs, dizendo:
O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando nele,
semeou no seu campo; O qual é, realmente, a menor de todas as sementes; mas,
crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves
do céu, e se aninham nos seus ramos. Mateus 13:31-32 Ninguém melhor do que
Jesus para nos ensinar, impotência do Reino só de aparência. Irmãos, irmãs e
amigos, graça, misericórdia e paz vos sejam multiplicadas.