Um paradoxo

A vida do cristão assume um aspecto paradoxal que as vezes nos deixa sem a devida compreensão do que acontece realmente conosco. Veja este pronunciamento de Paulo acerca do seu testemunho pessoal.” Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado;Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias,Nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns,Na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido,Na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda,Por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros;Como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e não mortos;Como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo. II Coríntos 06:03-10” esta posição do cristão, e mais especificamente do ministro deixa-nos muito a pensar quando fazemos a avaliação do comportamento dos minístros da atualidade. Para os verdadeiros ministros porém, resta-nos obedecer e nos acomodar as prescrições do Reino.Observe este outro texto: “Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens.Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos, e vós fortes; vós ilustres, e nós vis.Até esta presente hora sofremos fome, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa,E nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos. Somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e sofremos;Somos blasfemados, e rogamos; até ao presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos I Coríntios 04:09-13.” Para confirmar a presença de Deus na nossa vida em momentos desconcertantes e cruéis, o apóstolo Paulo mais uma vez coloca a sua experiencia de vida como exemplo: “E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte. II Corítios 12:07-10” Viver um eterno paradoxo, é uma condição para o cristão.