Discurso de lançamento.


Irmãos, irmãs, amigos e amigas, dizem que a plenitude de realização de um homem, se dar quando ele planta uma árvore, gera um filho e escreve um livro. Estamos nós aqui compartilhando da alegria pelo primeiro passo dado pelo nosso irmão Daniel Max, alcançando o primeiro degrau da grande escada da plena realização. Valendo-me do conselho do grande líder do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e do mundo, pastor Martin Luther King, ao nos animar a não recuar quando disse: “Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.” E ainda, “mesmo as noites totalmente sem estrelas, podem anunciar a aurora de uma grande realização”. O livro do Daniel, “Uma história de luta” vem encher de alegria, também o ânimo de todos nós que conhecemos em profundidade a história da matriarca Maria Das dores Costa e da numerosa família para a qual ela soube traçar rumos, apontando o caminho da firmeza, da determinação, da humildade, e das conquistas que vieram a se concretizar ao longo do tempo. Parece até que a nossa matriarca em foco, aprendeu com o grande "Mahatma Ghandi",que se interpreta "A Grande Alma", o idealizador e fundador do moderno Estado Indiano e o maior defensor do princípio da não-agressão, que nos ensinou ao dizer: “A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido, e não na vitoria propriamente dita” e mais “A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável.” E mais uma vez: “A felicidade não está em viver, mas em saber viver. Não vive mais o que mais vive, mas o que melhor vive.” Vale a pena ouvir por repetidas vezes as palavras que marcam os atos heróicos desta valorosa senhora que em sua simplicidade soube construir sob a imposição cruel do sofrimento, um fundamento sólido que serve de sustentáculo para sua família e aos que desta se aproxima. Nela, se cumpre integralmente o ensino que foi repassado às gerações: “A mão que embala o berço, governa o mundo.” Que a nossa humanidade seja enriquecida com a existência de centenas de senhoras abnegadas, de mães devotadas, de esposas cuidadosas, de orientadoras centradas nos seus deveres, e que dos seus direitos exigem muito pouco. O exemplo dado pela nossa irmã Das Dores, nuca nos deixará órfãos, quando estivermos precisando de um rumo certo.

O Daniel chegou em um momento extremamente difícil para a família e que a preocupação era a única certeza de todos.Nos primeiros anos de vida como sempre, cercado dos cuidados e carinho de todos, não compreendia ainda que a vida lhe tinha reservado um início de caminhada bastante sombrio e inseguro. O tempo foi passando, e logo começou a compreender que não somente ele, mas toda família sofria com a ausência do pai, mas por outro lado, entendia que o que lhe faltou pela ausência do pai, lhe deu conforto a presença constante e firme de sua mãe, e o carinho suficiente dos irmãos e irmãs amenizando o sofrimento e proporcionando-lhe segurança ao dar os primeiros passos e tomar as primeiras decisões na vida. Dedicou-se aos estudos, conservou a sua fé, guardou com cuidado redobrado o ensino de sua mãe, conquistou amigos, e entendeu que os obstáculos e desamparos não seriam suficientes para impedir a construção de uma vida vitoriosa, e partiu para o caminho do sacrifício e não da rendição. Lutou, e agora vem de público agradecer a Deus e a todos os que cooperaram para que este momento fosse possível. Resolveu escrever a história da sua família, a sua história e através deste ato, resolveu marcar para sempre as suas lembranças, sofrimentos, lutas e acima de tudo as suas vitórias, para quem o mundo atentará a partir de agora. Nisto temos que concordar com as palavras de Abraão Lincoln, ex-presidente dos Estados Unidos e grande estadista da outra América: “O mundo muito pouco atentará, e muito pouco recordará o que aqui dissermos, mas não poderá jamais esquecer o que nós aqui escrevemos e fizermos.” Comemoramos hoje, o primeiro passo, e a partir de hoje estaremos orando, torcendo, e nos colocando à disposição para auxiliá-lo quando e necessário for, pois nesta caminhada não há limites, tantos livros se escrevam, tantas histórias sejam contadas, e a humanidade agradecerá a generosidade daqueles que de forma voluntária e apostólica se propõem a ensinar a um povo carente e receptivo como se deve andar. Meditando nas palavras de Abraão Lincoln quando assegurou: “ O homem aprendeu a andar nos ares como pássaros, nos mares como os peixes, precisa aprender a andar na terra como gente” e é nesta função sacerdotal que os que escrevem formando opiniões e formatando exemplos galgarão lugar de honrados elogios dignos de benfeitores da humanidade. A história de uma luta, não termina aqui, prossegue a partir daqui, não se limita à reunião desta noite, mas nos dar a esperança de muitas outras noites de profunda gratidão e de veneranda emoção que toma conta de todos nós. A história de uma luta, está entre nós, à nossa disposição, ao alcance das nossas mãos e olhos, aproveitemos a sua vinda. Daniel, juntamente com toda família, como aves em revoada, deixaram o lugar de sua morada para trás, e com ela, os amigos, parentes, conhecidos e sonhos, vieram nesta terra de Apodi procurar a sobrevivência e a confirmação de uma luta, e encontraram, e hoje testemunhamos que para os caminheiros, não há caminhos, pois o caminho se faz caminhando. Como testemunha ocular, e que também fui sofredor nesta história, confirmo que para toda grande caminhada temos que dar o primeiro passo, mesmo em meio as incertezas e vicissitudes da vida podemos abrir caminhos para o sucesso mesmo que o solo seja rochoso e aparentemente impróprio para os nossos pés sangrentos e maltratados pela dureza e sequidão do estio. Senhoras e senhores, história de uma luta é bem vindo pela grande família Igreja de Cristo que se sente honrada com tal feito entre nós. Deus te abençoe Daniel, o nome do Deus de Jacó seja o teu auxílio.

Muito obrigado.