MANSOS COMO MOISÉS



Moisés não era perfeito.
Mas era manso.
Ser manso significa muito na vida natural. Significa muito na Igreja. Significa muito no Reino de Deus.
Ser manso significa herdar um pouco da própria natureza do Filho de Deus, que declarou: “sou manso e humilde de coração”, Mt 11.30.
Ser manso não significa ser subserviente, mas ser dócil e tolerante tanto quanto se deva ser.
Os mansos conquistam muitas vitórias, ao evitarem conflitos, Dirimem muitos mal entendidos, ao proporem soluções reconciliadoras. E, por fim, se livram de muitos problemas, Sl 76.9.
O fato de ser manso pesou muito na escolha de Moisés, visto que Deus precisaria de um homem com tal qualidade, a fim de exercer a penosa tarefa de liderar milhões durante um longo período de quatro décadas, na travessia de um extenso deserto.
E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra”, Nm 12.3.
Esta não seria a qualidade número um requerida para o introdutor de Israel em Canaã, mas era a prioridade para quem tivesse de tirar o povo de Deus do Egito.
A mansidão de Jesus foi profetizada séculos antes de Seu nascimento, pelo profeta, conforme lemos em Mt 21.8: Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, manso, e assentado sobre uma jumenta,E sobre um jumentinho, filho de animal de carga.
A mansidão de Jesus espantava aos que O provocavam, esperando ouvir Dele palavras de furor. Logo no início de Seu ministério, Ele impressionou Seu auditório ao declarar que são bem-aventurados os humildes de espírito, os que choram e os pacificadores, qualidades que se relacionam com uma personalidade mansa, Mt 5.5-9.
Os humildes de espírito e os mansos aparecem juntos em Pv 16.19: Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos


Jesus estava estabelecendo princípios gerais para a futura comunidade que Ele viria a edificar – a Igreja, cujos líderes deveriam ser mansos como Ele é manso. É o que entendemos ao ler II Tm 2.24: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor”.
A Igreja precisa ser liderada por pastores mansos.
Para ser um pastor manso urge cultivar em grande escala o fruto do Espírito, em cuja composição aparecem também a benignidade, a bondade e a temperança, Gl 5.19.
A mansidão não é hereditária, muito menos automática.
Ela resulta de uma entrega profunda a Deus, de uma determinação de se parecer com Cristo e de uma contínua dependência à ação do Espírito no coração.
O apóstolo Pedro descreveu tal ação divina com as seguintes magistrais palavras: “Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.”, I Pe 3.4.
Claro que não é fácil, mas é possível ser manso. Não é fácil principalmente por causa dos inimigos que aparecem com palavras falsas (Is 32.7), mas é possível, visto que Deus mesmo ensina aos homens esse bendito caminho, Sl 25.9.
Além disso, não podemos perder de vista as muitas promessas bíblicas destinadas aos mansos. Vejamos sete delas: