Um Cirenu que passa.

Irmãos, irmãs e amigos, graça e paz vos sejam multiplicadas. Muitas pessoas tiveram a oportunidade de prestarem relevantes serviços a Jesus e a humanidade, e a sua história é contada de forma tão resumida que as vezes chegamos a pensar que os seus feitos não tiveram tanta importância para serem contados com detalhes significativos. Entre estas pessoas encontramos um homem, chamado de Simão, que era de Cirene, e por isso é conhecido como Simão o Cireneu. Apenas três dos escritores do novo testamento dão notícias do que ele fez em um momento crítico quando Jesus caminhava em meio a avenida dolorosa rumo ao Calvário. Mateus “diz apenas:” E, quando saíam, encontraram um homem cireneu, chamado Simão, a quem constrangeram a levar a sua cruz.Mateus 27:32” Apenas isto, e nada mais. Quem também falou sobre o assunto, foi Marcos, o escritor do segundo evangelho, abrindo-se um pouco mais sobre o assunto e revela: “E constrangeram um certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.Marcos 15:21” Lucas também fala do assunto mas também diz praticamente a mesma coisa que os dois outros dizem, como lemos: E quando o iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus.Lucas 23:26”Cirene que deu nome a Simão o cerineu, foi uma antiga colônia grega na atual Líbia, a mais antiga e mais importante das cinco cidades gregas da região. Cirene foi fundada em um vale fértil nas terras altas de Jebel Akhdar. Batizada em homenagem a uma fonte, que os gregos consagraram a Apolo. A cidade foi no século III a.C. sede de uma famosa escola de filosofia fundada por Aristipo, um discípulo de Sócrates.E Simão era natural dalí, e vinha do campo talvez depois de um dia de trabalho pesado e conincidentemente deparou-se com o cortejo que levava a frente o condenado, ja bastante sofrido, marcado pelos açoites, cansado e sem condições de continuar carregando a cruz. Foi então que Simão foi convocado para auxiliar e ajudar a carregar a cruz de Jesus. Não se sentiu digno, mas tinha que ajudar o Nazareno que ja não podia mais caminhar. Auxiliar Jesus naquele momento, não foi apenas um gesto, o cumprimento da ordem que lhe foi dada, mas um ato solidário prestado ao homem que ao mesmo tempo era Deus. Talvéz nem tenha indentificado naquele condenado que se tratava da pessoa de Jesus. Irmãos, irmãs e amigos, é sempre assim, o ato solidário nem sempre nos anima a que o pratiquemos. Poderemos ser o Cireneu, carregando a cruz que não é nossa, poderemos ser o cireneu que passa em um momento de muita aflição e degradação, fisica, mental, moral, social, não importa. Talvez o necessitado da nossa solidadiredade nem seja conhecido nosso, a nossa história se for contada, não ganhará destaques, nem merecerá letras garrafais nas primeiras páginas dos jornais, mas vale a pena ajudar. A qualquer um, estranho, conhecido, necessitado, não importa. Mas pode ser também que eu é que esteja precisando de um Cireneu que passa. Ja enfadado do longo dia de trabalho, mas é convocado para ajudar a um caminhante que cambaléia ja sem forças para continuar na senda dos objetivos que a vida nos impõe. Será de muita valia a sua prestação de serviço na hora mais difícil e mais critica da história da nossa vida. Um Cirenu que passa, sem hirtória, não é reconhecido, não tem estatus social, não goza de importancia no mundo dos negócios e nem desfruta da algazarra captaneada pelo conforto da situação economica financeira. É apenas um Cireneu que passa vindo do campo, e é tudo o que precisamos. Um Cireneu que nos ajude a carregar a cruz, até o local do suplício e da vitória. Irmãos, irmãs e amigos, graça e paz vos sejam multiplicadas.