Um Olhar retrospectivo


Irmãos, irmãs e amigos, graça, misericórdia e paz vos sejam multiplicadas. De vez em quando somos chamados a nos lembrar do passado, fazer uma retrospectiva, um olhar crítico como forma de reviver momentos de bons e maus acontecimentos que serviram de cenário ao logo da nossa história de caminhada. A bíblia emprega este método pedagógico para nos fazer compreender melhor, como devemos proceder em meio a nossa peregrinação como os que buscam uma pátria mais excelente. Chamamos a sua atenção para alguns exemplos que nos auxiliam a esclarecer a questão. Para nos advertir sobre os riscos que corremos com a displicência e o pouco caso com as advertências que nos são dadas, a bíblia nos chama a dar uma olhadela no passado dizendo: “Lembrai-vos da mulher de Ló. Lucas 17:32” Para voltamos os nossos olhos para o único Deus verdadeiro, o santo livro nos convoca dizendo: “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Isaias 46:09” Ao exortar e aconselhar os ancião da Igreja em Éfeso, Paulo convoca-os a lembrar da sua luta entre eles dizendo-lhes: “Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós. Atos 20:31” Este pensamento veio a mim, por ocasião da reunião de adoração que fizemos terça-feira passada, dia 17 deste mês de janeiro, quando a nossa Igreja comemorou o 42º ano de organização em terras de Apodi. Ao olhar para a multidão que se apertava por todos os lados nas dependências da Casa de Oração, inclusive pelas galerias, voltei os meus pensamentos para o dia 17 de janeiro de 1.970, um dia de sábado, na rua Governador Dix-Sept Rosado, e pude imaginar quantos estiveram presentes naquela reunião, certamente um número bem menor do que aquela reunião. Ao olhar para a beleza da nossa Casa de Oração, linda, mais acolhedora, bem maior, lembrei da antiga casa dos anos 70, que cheguei ainda a conhecer. Pequena construção rústica, baixinha, sem nenhum conforto para acomodação. Ao olhar para o povo, entreguei-me a imaginação para perceber como deve ter sido diferente, poucos jovens, poucos talentos, poucos entusiasmados, poucos vigorosos. Olhei para os obreiros, na reunião de terça-feira, uma multidão, como teria sido na reunião do dia 17 de janeiro de 1.970! O que é certo, é que o numero de obreiros foi bem menor também. Mas, em vez da vaidade que normalmente nestes momentos nos convence de que somos os tais, um sentimento de gratidão invadiu o meu coração que me levou a uma forte emoção. Se chegamos até aqui, se chegamos aonde chegamos, devemos muito aos acontecimentos daquela primeira reunião, e aí nos convencemos de que a nossa vitória não começou no dia 17 de janeiro de 2012, mas, no dia 17 de janeiro de 1970. Não somos nós os únicos responsáveis pelas vitórias e brilhantismo que temos hoje, mas nos lembramos, do Pr. Antonio Dantas, Santosa, Taninha, Otacílio, Presb. Paulo Valentim, Cândido Barreto, Pedro Sinésio, Severino Ramos de Paiva, Natalício Jorge, Antonzinho, e tantos outros que em tempos passados fizeram a história destes 42 anos de vitória da nossa igreja. Não podemos esquecer que não caminharemos para o futuro sem uma retrospectiva constante para o passado. Não podemos colecionar vencedores no presente, esquecendo os valorosos do passado, não podemos alcançar o futuro esquecendo as pontes de ligação do passado. Não podemos viver uma vitória no presente ignorando as lutas do passado. Não podemos responsabilizar somente as nossas vitórias as mãos firmes e fortes de lutas no presente, esquecendo as mãos estendidas e valorosas do passado. Seja como for, um olhar retrospectivo, sempre nos faz bem. Irmãos, irmãs e amigos, graça, misericórdia e paz vos sejam multiplicadas.