Tenho refletido bastante durante os últimos meses sobre a situação administrativa da nossa Igreja de Cristo no Brasil. Todos nós sabemos que um sistema administrativo seja ele qual for, não poderá sofrer constantes mudanças parciais, ou radicais sob pena de provocar profundas desordens nas suas bases e consequentemente enfraquecimento de todo sistema. Quando cheguei na Igreja de Cristo no ano de 1972 o sistema que estava sendo usado desde de sua organização era centralizado e que ja sofria muitos ataques por parte dos que se achavam excluídos das decisões tomadas pelo sistema centralizador vigente. Mas um trabalho bem feito na época de muita conversa envolvendo todas as lideranças e das Igrejas terminou fazendo a reforma administrativa sem traumas e com muito sucesso, a descentralização foi responsável não somente pelo envolvimento dos obreiros como também provocou um grande crescimento numérico das Igrejas e em todos os aspectos da obra de Deus nas regiões. Vimos de lá para cá, e muito bem, eram centenas de decisões, de batismos, de obreiros que despertavam para a vocação ministerial e o avanço da obra era notório. De repente, as lideranças entenderam que fazer divisão na obra, entre as Igrejas e jogar os obreiros uns contra os outros era uma solução dos que chamam de " O novo" e a salvação para o crescimento da Igreja de Cristo, caso ela não estivesse crescendo, e aí dividir e colocar em cada município mais de uma Igreja é o que se pode ter de mais moderno e progressista. O mondé não deu certo, o caçoar não deu na besta. a estupidez foi de uma grosseria que só se contabilizou prejuízos e hoje a divisão que era pra acontecer só em Apodi, tomou conta das Igrejas em todo Brasil. Mas está vindo outro projeto aí que ninguém sabe o que é ao certo, porque na verdade não é um projeto e sim dois em um, a enrolada começa por aí, vamos estadualizar ou regionalizar a Bahia? É um novo projeto e ninguém deve temer a experimentar o novo. Estadualizar a Igreja de Cristo no Brasil, mas se não der certo se regionaliza o Estado da Bahia. Parece uma coisa. A Estadualização ninguém sabe o que é, o projeto foi apresentado a semelhança dos discursos proferidos pela figura folclórica de Dias Gomes, Odorico Paraguaçu, cheio de palavras bonitas e enfeitadas e fora de contexto, foi apresentado para que ninguém entendesse mesmo. Ainda bem que a sensatez prevaleceu e o ensaio folclórico foi obrigado a esperar mais um ano. Mas vamos a outra saída, se não conseguimos Estadualizar vamos Regionalizar. O ensaio ainda não terminou e conseguiram o intento. Regionalizaram o Estado da Bahia, com duas Igrejas que contando homens, mulheres, meninos, recém-nascidos e as grávidas, não chegam ao número de 300 crentes ao todo. A Bahia meus senhores tem uma extensão territorial e geográfica de 567.295.3 km² Limita-se com os seguintes Estados: Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Espirito Santo. A sua população é de 14.080.654 habitantes. Tem 417 municípios. Tem um percentual de 17% de evangélicos. 80% dos municípios têm apenas 5% de evangélicos e é o 9º Estado menos evangelizado do Pais. Agora imagine, uma grandeza dessa para ser evangelizada por duas igrejas com menos de 300 crentes as duas. Piada. Isto tem outro nome e eu sei do nome. Estamos querendo o que mesmo, evangelizar? Que nada, a intensão é outra. Depois vocês saberão a real história de Estadualizar o Regionalizar.