Coronéis, Patrões e Profanos

Irmãos, irmãs e amigos, graça, misericórdia e paz vos sejam multiplicadas. Houve um tempo que os coronéis dominavam as pessoas como se fossem propriedades suas. Cada pessoa não passava de um objeto dirigido e como se fossem o gado, que esses coronéis eram os donos. Os que estavam sob o domínio de tais coronéis votavam no candidato do coronel, compravam no estabelecimento comercial indicado pelo coronel,  faziam o trabalho que o coronel indicava, casavam com quem o coronel determinasse, enfim, vivam em razão dos caprichos dos coronéis. Mas esse tempo passou e já faz um tampão. A Igreja é um ambiente de liberdade fundamentada na responsabilidade, que ao mesmo tempo está sob a influência muitas vezes, de forças estranhas aos propósitos de Deus e da sua palavra tornando-se assim presa fácil aos propósitos do homem e ao sistema escravagista e do coronelismo. É por isso que ouvimos determinados “líderes” vociferando para os liderados entendendo que aquele tempo dos coronéis ainda está em plena vigência. Enganam-se profundamente e de forma desastrosa provocam toda sorte de males no bem-estar do trabalho que acham estão fazendo para Deus. Mas aquele tempo passou, o povo está mais consciente das suas responsabilidades e direitos. Depois dos coronéis tivemos a figura do patrão que era um pouco mais paternal, mas tinha domínio e influencia sobre as pessoas e conseqüentemente terminavam deixando as mesmas com a liberdade cada vez mais reduzida. O patrão era menos dominador do que o coronel, mas não deixava de provocar marcas profundas naqueles que sonhavam com a liberdade. Já o Profano tem por hábito relativizar a liberdade e levar as pessoas à libertinagem e a falta de compromisso especialmente com Deus e o seu reino. Você foi liberto, então pode fazer tudo o que quer e tem vontade porque Cristo te libertou. Mas não será assim, é preciso procurar entender o equilíbrio colocado pelas escrituras nas nossas relações com Deus.   Hoje se sabe que Cristo nos chamou para a liberdade como está escrito: “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão. Gálatas 05:01” “Porque o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e da mesma maneira também o que é chamado sendo livre, servo é de Cristo. I Corintios 07:12” “Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Romanos 08:21” E ainda: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. Gálatas 05:13” Como dissemos agora há pouco, que a responsabilidade condiciona a liberdade. É bem verdade que o crente foi liberto mas não para viver de forma absoluta, acima da lei, sem compromisso, sem responsabilidade. No ultimo versículo acima citado Paulo levanta a questão de forma bastante clara e radical. Ele nos diz que fomos chamados para a liberdade. Mas adverte que não devemos usar a liberdade para dar ocasião à carne. Na aos Coríntios no capítulo 08 e o versículo 09 ele diz: Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos. Se o equilíbrio doutrinário e prático da vida em Cristo está postado nestas duas pilastras liberdade e responsabilidade de natureza espiritual, por que haveremos de voltar a servidão de natureza humana? Não há a mínima necessidade. Cristo nos libertou e não temos porque voltar para o jugo da escravidão, segundo está escrito em Gálatas 05:01. Mas há os que querem nos escravizar ao seu bel prazer e devemos ter muito cuidado com estes como lemos: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, Colossenses 02:08 e 18” Tanto é malévolo o coronel, o patrão e o profano, oque deve nos interessar é o equilíbrio que a escritura nos dar. Irmãos, irmãs e amigos, graça misericórdia e paz vos sejam multiplicadas.