Troca de valores - I

Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo! Isaias 05:20.


Irmãos, irmãs e amigos, graça misericórdia e paz vos sejam multiplicadas. Durante um período de um forte declínio espiritual na história do povo de Deus, a prática da troca de valores é tão comum, que se torna quase normal. Os exemplos tanto na história como na bíblia, temos com abundancia. É, porém impossível, na nossa palavra pastoral de hoje serem colocados todos os esses exemplos. Porem, procuraremos fazer o possível para deixar claro o que queremos dizer com a situação do povo deste tempo vivido por nós. O povo de Israel viveu escravo no Egito durante quatrocentos anos, sofreu, foi oprimido, e gozou de todos os abusos truculentos destinados a escravos que não tinham a mínima condição de se libertarem. Clamou ao Senhor, e o Senhor o ouviu e com mão forte e braço estendido, o tirou do jugo do Egito. Mais tarde um pouco, o gosto da liberdade e a alegria de viver a liberdade, ainda estavam fresquinhos na experiência do povo que tinha sido oprimido, aí veio o declínio espiritual e o povo começou a tentar trocar a liberdade pelos penduricalhos da escravidão. Olha como é que seria a troca! “E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos. Números 11:4-6.” A proposta da troca estava lançada. Trocar a liberdade, a oportunidade de continuar vendo e ouvindo os sinais e maravilhas e a voz de Deus, experimentando a sua direção firme e constante, pelos maus-tratos que recebiam no Egito, pela carne, Peixe, pepinos, melões, cebolas e alhos do Egito, só muito declínio espiritual. Todos nós sabemos a história da infeliz troca de valores empreendida por Esau. Era dono da benção da primogenitura, isto quer dizer que gozava de bênçãos especiais por ser o primeiro filho do patriarca Isaque. A bíblia não faz segredos da maneira vil com que Esaú tratou o assunto: “E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura? Então disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó. E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura. Gênesis 25:32-34” Esaú em uma crise de declínio espiritual sem precedência na história do filho de um patriarca, desprezou a benção que por direito lhe foi legada. Adão e Eva  trocaram os valores quando foram induzidos para ilusão que os colocariam em uma posição igual a Deus. Assim lemos:  “4 Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. 5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. 6 E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Gêneses 03:04 a 06” Assim a troca de valores identifica com muita clareza o grau de declínio espiritual que envolve em qualquer tempo e pessoas as mais diversas, a troca de valores por causa de nada, do pecado, da cobiça, e de tantos outros desejos carnais, maléficos e prejudiciais. Na próxima semana continuaremos o assunto. Irmãos, irmãs e amigos, graça, misericórdia e paz vos sejam multiplicadas.