“...edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16:18)
Atualmente vivemos num mundo onde tudo parece ser negociável, ter seu preço, e isso é se torna cada vez mais preocupante quando começa a interferir na essência da formação do caráter das pessoas, dos valores que norteiam a conduta, a moral e a ética. Infelizmente o grande mal que assolou a Igreja após os primeiros 300 anos de existência, popularizando o evangelho, tornando-o misturável ao misticismo e aos conceitos pagãos, sujeitando-a as ingerências políticas, novamente insurge para tirar de nós a realidade da verdadeira Igreja que Jesus veio edificar. É inegável que precisamos de uma nova reforma, a começar por cada um de nós que fomos “chamados para fora”, fora de um sistema vicioso, falido e dominado pelo inimigo que veio para “matar, roubar e destruir”. É tempo de fazermos valer a voz profética, que anuncia e reivindica a verdade que Jesus veio anunciar, contestando e protestando contra todo modelo que tenta se infiltrar em nossas congregações, tirando de nós a marca que nos foi impressa: o amor de Deus em Cristo Jesus. Onde está o abraço, o sorriso, o amor capaz de dividir o que se tem, de dar sem esperar receber, de perdoar sem espalhar palavras amaldiçoadoras, de ser capaz de suportar as crises e as dificuldades que se apresentam sem virar as costas para Cristo, porque afinal isso nunca nos foi ocultado: “no mundo tereis aflições”. Continuo... Onde está o desejo ardente de estar com Jesus, de se por de joelhos e simplesmente desfrutar do privilégio de poder adorá-lo pelo que Ele é e não pelo que pode nos dar em troca, de amar as vidas sem vê-las como cifras ou uma ponte para fama? Nossas igrejas estão inchando, tornaram-se fabricantes de adeptos, onde derrotar o mal e a confirmação da benção divina está vinculado à condição de prosperar financeiramente; o paralítico andar é o máximo da manifestação de poder, além de configurar a ilusória afirmação de que Deus está naquele lugar, ou melhor, com aquele líder. Isto é insano e herético!
Vamos parar e refletir na mensagem escrita à igreja em Éfeso no livro da Revelação: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor” (Apoc 2:4). Não se venda diante das ofertas que deixaram de ser feitas do lado de fora, mas invadiram a Igreja amada que Jesus veio edificar sob uma palavra profética, seja um cristão protestante que adora a Jesus em espírito e em verdade. Deus te abençoe!