Irmãos, irmãs e amigos, graça, misericórdia e paz vos sejam multiplicadas. Há momentos na vida da gente que na verdade não sabemos como dirigir o rumo da nossa vida. As enfermidades, um problema de difícil solução, a perda de bens e amigos, a perda de um ente querido, e até mesmo a ameaça da perda da própria vida. Estas situações calam a nossa boca, nos machucam, nos fazem sentir as nossas limitações e incapacidade para a reação necessária para que continuemos a vida e a caminhada vitoriosa. Assim tem sido com milhares de pessoas. Os que já foram antes de nós, os que ainda convivem conosco, fazem uma multidão que cada vez mais cresce sofrendo estas experiências cruéis e por vezes desagradáveis. Mais nada nos faz sentir maior dor do que perder a esperança no momento em que a morte bate a nossa porta e leva da gente a pessoa querida. Aí sim, os nossos argumentos fogem, a nossa palavra fica impotente, o raciocínio enfraquece, a nossa dor não passa e a consolação não chega. A única coisa que fica conosco o tempo inteiro é a esperança. Esta sim, continua falando silenciosamente ao nosso coração. Em duas oportunidades o patriarca Jó experimentou o conforto da presença da esperança e em todas estas oportunidades o patriarca vivia um espectro de morte. Veja o que ele diz: “Os meus dias passaram, e malograram os meus propósitos, as aspirações do meu coração. Trocaram a noite em dia; a luz está perto do fim, por causa das trevas. Se eu esperar, a sepultura será a minha casa; nas trevas estenderei a minha cama. Å corrupção clamo: Tu és meu pai; e aos vermes: Vós sois minha mãe e minha irmã. Onde, pois, estaria agora a minha esperança? Sim, a minha esperança, quem a poderá ver? Ás barras da sepultura descerá quando juntamente no pó teremos descanso” Jó 17:11-16. Mas no segundo momento a nota de esperança se torna mais forte. Diz ele: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se consomem no meu interior” Jó 19:25-27. Igualmente a experiência do apóstolo Paulo também se revestia de esperança quando aconselhava os crentes ao redor do mundo, quando escrevia a sua carta aos tessalonicense. A esperança que nos carrega no colo, nos projeta para uma convicção suprema e nos eleva além das agruras da morte. Paulo diz: “ Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemos-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” 1 Tessalonicenses 4:12-18. É confortador sabermos que a esperança não nos abandona. Somos bem-aventurados. Temos esperança. Irmãos, irmãs e amigos, graça misericórdia e paz vos sejam multiplicadas.